sábado, 27 de agosto de 2011

A Voz do Dono


A EVOLUÇÃO DO REGISTRO SONORO 

   NIPPER: O MELHOR AMIGO DA VICTOR

Uma pintura de um cão terrier ouvindo um gramofone, foi uma das mais bem idealizadas estratégias de marketing do século XX. Trata-se da obra "A voz do dono" (His Master's Voice) de Francis Barraud, cuja história é bastante interessante. Francis Barraud foi um pintor inglês, hoje pouco conhecido, que exibia com freqüência suas obras na Royal Academy de Londres. Talvez sua vida não teria hoje maior interesse em ser divulgada se não fosse sua obra que mostra um aparelho sonoro e um animal de estimação, tão diferente das paisagens, retratos e naturezas-mortas tão comuns no mundo de pintores como ele... Tudo começa em 1899. O irmão de Barraud havia falecido, deixando Francis como legatário de um fonógrafo com um pequeno estoque de cilindros gravados, alguns com sua própria voz. Além do aparelho, Francis foi incumbido de cuidar de seu cãozinho terrier chamado "Nipper". Todas as vezes que Francis Barraud colocava um dos cilindros gravados com a voz do irmão, o pequeno Nipper reconhecia a voz do falecido dono e imediatamente vinha ficar junto ao fonógrafo. Barraud quis registrar a curiosa situação em um quadro. No início, a pintura de Barraud mostrava o cão ouvindo o fonógrafo de cilindros (fabricado por Edison). Concluído o quadro, Barraud foi incentivado a procurar Edison, para lhe vender a idéia como um emblema para os seus produtos, como prova da fidelidade de seus fonógrafos, que faziam até mesmo um cão reconhecer a voz do dono gravada. Edison rejeitou a idéia, não queria comparar os consumidores a animais. Entretanto, um gerente de uma loja de fonógrafos de Londres, revendedora da "The Gramophone Company", G.B. Owen, incentivou Barraud a substituir o fonógrafo de Edison pelo Gramofone de Emile Berliner (proprietário da "The Gramophone Co." ou "Victor Talking Machine Co. nos EUA) e, desta vez, procurar a empresa de Berliner e esquecer a oposição de Edison a sua idéia. Owen lhe emprestou um dos Gramofones modelo "improved", à venda em sua loja, para servir de modelo na pintura. Nipper e o Gramofone, na pintura intitulada "A voz do dono", passaram a ser marca registrada em 10 de Julho de 1900, de propriedade de Emile Berliner que começou a utilizá-la em seus produtos, tornando-se líder de mercado, imagem até hoje utilizada pela RCA (atual proprietária da marca Victor). Enquanto Nipper fazia sucesso, Edison insistia em usar sua assinatura e sua própria efígie como logomarca... Convenhamos, qual das duas imagens é mais atrativa? A resposta está em qual das marcas sobreviveu.(...)



O texto acima é um trecho postado por Marcelo de Almeida e foi extraído do site LINHA DO TEMPO,achei muito interessante e resolvi compartilhar dando os devidos créditos é claro... para ver na íntegra



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